sábado, 26 de julho de 2014

Rexona e uma campanha de marketing que pegou mal

Bom, você deve estar se perguntando quem sou eu para falar mal de uma campanha de publicidade de uma empresa multinacional como a Rexona, porém marketing e publicidade estão entre as coisas que gosto, leio e tenho prazer de estudar, e não é preciso ser nenhum gênio para perceber que o momento político e econômico do Brasil na época da copa não estava nem um pouco favorável para uma campanha com o tema: “Faça mais pelo Futebol”.
Com certeza faltou uma leitura de ambiente por parte da equipe de marketing e publicidade da Rexona antes de fazer essa propaganda. Na faculdade tive cadeiras sobre marketing e marketing digital, e também sobre administração, e se tem uma coisa que ficou clara é que o sucesso de uma empresa depende da sua interação com meio externo na qual ela está inserida, sim, a boa e velha teoria dos sistemas fechados e dos sistemas abertos, e definitivamente, uma empresa não é um sistema fechado.
A prova disso é que as postagens da empresa nas redes sociais viraram alvos de criticas e piadas por parte das pessoas que viam uma propaganda sugerindo a elas fazerem mais pelo futebol depois dessas pessoas sofrem a copa mais cara da história de todas as copas, com todas as obras superfaturadas e a maioria não concluída, e isso tudo mesmo sendo essa a copa com o maior prazo para um país se preparar até os dias de hoje.
O que mais poderia ser feito pelo futebol? É isso que se passava na cabeça do publico alvo da campanha (nós brasileiros). Em meio a uma péssima qualidade de educação, saúde, segurança, alta na inflação, alto índice de corrupção no governo e alto índice de impunidade para com o mesmo, uma empresa me sugere fazer algo pelo futebol? Depois de movimentos no ano anterior com dezenas de milhares de pessoas nas ruas?
É, sem dúvida foi uma grande mancada, e ficou muito ruim para a imagem da empresa, uma proposta de publicidade dessas jamais deveria ter passado por uma equipe de marketing se a mesma estivesse em sintonia com o mercado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário