Bom, você deve
estar se perguntando quem sou eu para falar mal de uma campanha de publicidade
de uma empresa multinacional como a Rexona, porém marketing e publicidade estão
entre as coisas que gosto, leio e tenho prazer de estudar, e não é preciso ser
nenhum gênio para perceber que o momento político e econômico do Brasil na
época da copa não estava nem um pouco favorável para uma campanha com o tema: “Faça
mais pelo Futebol”.
Com certeza
faltou uma leitura de ambiente por parte da equipe de marketing e publicidade
da Rexona antes de fazer essa propaganda. Na faculdade tive cadeiras sobre
marketing e marketing digital, e também sobre administração, e se tem uma coisa
que ficou clara é que o sucesso de uma empresa depende da sua interação com
meio externo na qual ela está inserida, sim, a boa e velha teoria dos sistemas
fechados e dos sistemas abertos, e definitivamente, uma empresa não é um
sistema fechado.
A prova disso
é que as postagens da empresa nas redes sociais viraram alvos de criticas e
piadas por parte das pessoas que viam uma propaganda sugerindo a elas fazerem
mais pelo futebol depois dessas pessoas sofrem a copa mais cara da história de
todas as copas, com todas as obras superfaturadas e a maioria não concluída, e
isso tudo mesmo sendo essa a copa com o maior prazo para um país se preparar
até os dias de hoje.
O que mais
poderia ser feito pelo futebol? É isso que se passava na cabeça do publico alvo
da campanha (nós brasileiros). Em meio a uma péssima qualidade de educação, saúde,
segurança, alta na inflação, alto índice de corrupção no governo e alto índice
de impunidade para com o mesmo, uma empresa me sugere fazer algo pelo futebol?
Depois de movimentos no ano anterior com dezenas de milhares de pessoas nas
ruas?
É, sem dúvida
foi uma grande mancada, e ficou muito ruim para a imagem da empresa, uma
proposta de publicidade dessas jamais deveria ter passado por uma equipe de
marketing se a mesma estivesse em sintonia com o mercado.
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